Desde o ponto de vista político e econômico, 2019 foi um ano desafiador e interessante para a América Latina. Contudo, a região terminou o ano em boa forma. O S&P Latin America 40, índice para ações blue-chip da região, fechou com retornos de 9,0% no último trimestre e 13,9% no ano. As ações small cap tiveram um bom desempenho e contribuíram para os retornos de 11,1% do S&P Latin America BMI no último trimestre e de aproximadamente 22% no ano. Apesar dos bons resultados, os índices da América Latina não conseguiram ganhar de alguns índices de ações globais. O S&P 500® subiu 9,1% no trimestre e teve um retorno excepcional de 31,5% no ano. O S&P Global 1200 se valorizou 8,9% no trimestre e 28% no ano. O S&P Emerging BMI também teve um ano positivo (19,9%), mas ainda perdeu para o S&P Latin America BMI.
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Em 2019, os 11 setores do GICS® mostraram resultados positivos na região, segundo a medição dos índices setoriais do S&P Latin America BMI. Alguns setores atingiram retornos significativos, por exemplo, o setor de Saúde subiu 22,0% no trimestre e 72,2% no ano. O seguiram os setores de Tecnologia da Informação e Imóveis, com altas respectivas de 43,5% e 42,3%. O setor de Materiais teve um trimestre sólido com um retorno de 16%, que ajudou a fechar o ano em território positivo com um modesto 4,4%, que foi o menor retorno entre todos os setores.
Além dos setores, fica claro que o desempenho positivo do Brasil contribuiu de maneira importante para o desempenho geral da região. O Brasil não somente teve um trimestre brilhante dos seus benchmarks locais (os índices IBrX 100 e S&P Brazil BMI tiveram retornos em torno de 11%), mas também um ano destacável, com retornos em torno dos 35% em moeda local.
Ao analisar a tendência de crescimento dos índices de fatores no Brasil, observamos que a grande parte teve um ano positivo, com retornos superiores a 40% em moeda local e dólares americanos na maioria dos casos. No entanto, o risco também foi elevado, particularmente no caso dos índices denominados em dólares. Os investidores locais assumiram um risco mais baixo ao remover a taxa de câmbio do cálculo de desempenho. Chile teve o pior desempenho da região, em meio da crise política que afetou o país durante o último trimestre de 2019. Nenhum índice principal ficou incólume e todos fecharam o trimestre e o ano no vermelho. As mais afetadas foram as ações mid cap, conforme a medição do S&P/CLX IGPA MidCap, que perdeu 14% no trimestre. O setor bancário também foi particularmente atingido, com perdas de 21%, conforme medido pelo S&P/CLX Banks Index. Supreendentemente, o S&P/CLX Utilities & Telecom ganhou 7,5% durante o trimestre e quase 16% no ano.
O México, o segundo maior mercado da região depois do Brasil, teve um bom ano. O emblemático S&P/BMV IPC subiu 1,2% no trimestre e 4,6% no ano. O S&P/BMV FIBRAS Index, que procura acompanhar o desempenho das ações de sociedades de investimento imobiliário, e o recentemente lançado S&P/BMV Ingenius Index, que procura medir o desempenho de 12 das companhias mais inovadoras no mundo que negociam no México, apresentaram retornos acima de 40% no ano. No último trimestre, o S&P/BMV China SX20 Index registrou os melhores retornos com uma alta de 10,8%.