No terceiro trimestre de 2020, observamos a continuação da recuperação do mercado global de valores liderada pelas empresas de tecnologia. O S&P 500® subiu 8,9%, o S&P Europe 350® 4,3% e o S&P Pan Asia BMI 8.9%, enquanto o S&P Developed Ex-U.S. BMI e o S&P Emerging BMI se valorizaram 6,3% e 9,0%, respectivamente. A história foi diferente na América Latina, uma vez que o mercado acionário tem uma exposição menor a companhias tecnológicas. Contudo, alguns mercados se beneficiaram da alta das companhias de mineração.
Em geral, as ações da América Latina se mantiveram quase sem variações (0,2%) em dólares, conforme medido pelo S&P Latin America BMI, um índice regional amplo que procura medir o desempenho de 289 ações do Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. No entanto, o S&P Latin America 40, que representa as 40 ações de maior tamanho (segundo a sua capitalização de mercado) e liquidez da região, caiu 2,0% durante o trimestre em meio da contínua devastação da COVID-19 à saúde pública e à economia local.
No plano econômico, os analistas da S&P Global Ratings recentemente indicaram que a América Latina está em plena recuperação. Entretanto, a previsão do PIB de 2020 para todos os países da região permanecerá contraída. Devido ao alto nível de exportações para a China e aos confinamentos menos rigorosos, a contração econômica do Brasil será menos acentuada do que foi previsto originalmente, enquanto em outros países como Argentina, Colômbia, México e Peru será pior do esperado. Enquanto isso, o Chile está muito próximo do alvo. Muitas variáveis irão afetar a profundidade e a velocidade de recuperação, à medida que os países tentam superar a pior pandemia em mais de 100 anos.
A respeito dos setores, durante o terceiro trimestre de 2020, Tecnologia da Informação, Materiais e Industrial foram os vencedores com retornos positivos de 19,1%, 15,2% e 8,3%, respectivamente. Os setores com o pior desempenho foram Energia, Serviços de Utilidade Pública e Serviços Financeiros, que perderam 9,1%, 6,8% e 6,4%, respectivamente.
A economia da Argentina é uma das mais prejudicadas da região, mas os economistas esperam que o terceiro trimestre de 2020 seja o início da sua estabilização gradual.A S&P Global Ratings melhorou a classificação do país com base em uma nova proposta para reestruturar a sua dívida a fim de evitar outra inadimplência soberana. O S&P MERVAL Index aumentou 7% no trimestre em pesos argentinos, enquanto o S&P/BYMA General Construction Index liderou os setores com uma alta de 42,5%. As maiores perdas vieram do setor de Energia (-8,9%).