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Os altos e baixos dos mercados da América Latina – Revisão de abril de 2020

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Silvia Kitchener

Director, Global Equity Indices, Latin America

S&P Dow Jones Indices

O investimento nos mercados de valores latino-americanos não é para os fracos de coração (agora mais do que nunca). No primeiro trimestre de 2020, todos os mercados da região apresentaram resultados negativos consideráveis, sendo afetados pelos acontecimentos recentes. Embora o mês de abril tenha empurrado os mercados de volta para território positivo, ainda estamos longe da proverbial “luz ao fundo do túnel”.

Em meio à pandemia global contínua, muitos países começaram a aliviar as restrições, já que os casos suspeitos da COVID-19 e as taxas de mortalidade diminuíram. Isto levou a falar em “reabrir” economias, infundindo coragem e otimismo aos investidores, mesmo que por pouco tempo. Com o maior número registrado de infeções e mortes por COVID-19 em todo o mundo, os Estados Unidos olharão para maio de 2020 com esperança cautelosa. A pergunta é quando será seguro para os consumidores voltarem às lojas e restaurantes e retomarem as viagens. Mesmo depois que os negócios e serviços sejam totalmente reabertos, é possível que muitos não tenham os meios financeiros para participar. De fato, já existem relatórios que falam de aumento de dívidas, inadimplência de crédito e falências a nível empresarial e pessoal.

A S&P Global Ratings informou recentemente que as condições de crédito nos mercados emergentes estavam piorando. No último relatório, as projeções de crescimento do PIB para a América Latina em 2020 foram substancialmente revistas em baixa. O PIB da América Latina deve cair cerca de 5% este ano e uma recessão regional está prevista. Economistas prevêem que países como o Chile, que implementaram rapidamente políticas de distanciamento social e ofereceram um forte estímulo econômico, poderiam ter uma recuperação robusta e se destacar entre os seus pares. Enquanto isso, o México e outros países, que atrasaram as políticas de saúde pública e ofereceram programas de estímulo limitados, poderiam ter recuperações fracas. O Brasil estará provavelmente em algum lugar no meio.

Por enquanto, vamos desfrutar dos últimos resultados mensais positivos da região. O mês de abril trouxe um raio de esperança para os índices de renda variável, já que tratamentos promissores e o desenvolvimento de vacinas para combater a COVID-19 estão no horizonte. O S&P 500® se valorizou 13% no mês, enquanto o S&P Latin America BMI ganhou quase 7%. O S&P América Latina 40, que mede as ações de maior tamanho e liquidez da região, subiu 5,2%. Entre os maiores países, o S&P IPSA do Chile subiu 14%, enquanto o S&P Brazil LargeMidCap gerou um retorno de 10% e o S&P/BMV IPC do México aumentou quase 6%. No entanto, nenhum destes índices subiu tanto quanto o S&P MERVAL argentino, que gerou um enorme 34,3%. Apesar do forte desempenho durante o mês de abril, a maioria dos índices está no vermelho para ano até agora (YTD). Dada a incerteza dos mercados, se espera que a alta volatilidade continue durante o resto do ano.

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