O terceiro trimestre foi difícil para a região da América Latina. Entretanto, os resultados para os mercados globais foi misturado: os EUA e o Japão fecharam com resultados positivos, enquanto Europa caiu durante o trimestre. Os mercados globais quase não apresentaram variações, conforme a medição do S&P Global 1200.
O S&P 500® fechou o trimestre com uma alta de 1,7%, o S&P Europe 350® teve quase o mesmo resultado, mas em negativo (-1,6%), enquanto o S&P/TOPIX 150 do Japão subiu em torno de 4%. O S&P Latin America 40, índice blue chip da região, recuou 6,3%. Muitos fatores internos contribuíram para o desempenho inferior da região, incluindo uma redução das exportações, contrações nos setores industrial e de serviços, mercados de trabalho fracos, incerteza no panorama político, uma queda nos preços das commodities e uma baixa confiança dos consumidores. Os fatores externos também afetaram fortemente a região, principalmente a incerteza em torno das negociações comerciais entre os EUA e a China.
Embora todos os mercados da América Latina tenham fechado em vermelho no terceiro trimestre de 2019, quando comparados com os retornos em dólares, observamos que, com exceção da Argentina e do Peru, todos os mercados da região tiveram um desempenho superior ou quase não apresentaram variações em moeda local. Isto é um exemplo de como a depreciação cambial pode afetar o desempenho. Observamos as principais diferenças no Brasil e na Colômbia: o S&P Brazil BMI teve retornos de -3,9% em dólares, mas de 4,2% em reais brasileiros, enquanto os retornos do S&P Colombia Select Index foram -5,7% em dólares e 2,3% em pesos colombianos. O principal índice de referência do México, o S&P/BMV IPC, teve um retorno total de -2,6% em dólares, mas quase não registrou variações em pesos mexicanos (0,2%).