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Possíveis usos do conceito de baixa volatilidade e dividendos elevados no Brasil

Argumentos a favor de critérios de ganhos em benchmarks small cap internacionais

Para os gestores ativos, se manter no topo não é suficiente

Consequências imprevistas dos fatores no desempenho segundo critérios ESG - Parte 2

Desempenho dos mercados da América Latina no segundo trimestre de 2019

Possíveis usos do conceito de baixa volatilidade e dividendos elevados no Brasil

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María Sánchez

Director, Sustainability Index Product Management, U.S. Equity Indices

S&P Dow Jones Indices

Historicamente, o percentual de empresas pagadoras de dividendos no Brasil tem flutuado entre 71% e 87%, fazendo com que seja um ambiente propício para a implementação de estratégias focadas em dividendos. As ações com maior rendimento dos dividendos nestas estratégias (high-yield) frequentemente têm uma maior volatilidade da carteira e o Brasil não é uma exceção. Este artigo examina os fundamentos da implementação de uma estratégia de baixa volatilidade e dividendos elevados no Brasil e os seus potenciais benefícios.

As estratégias de baixa volatilidade e dividendos elevados procuram fornecer rendimentos dos dividendos assumindo um nível de risco razoável. Para revisar as caraterísticas das ações com rendimentos elevados no Brasil, separamos as empresas pagadoras de dividendos do S&P Brazil BMI em quintis hipotéticos com base no seu rendimento dos dividendos. As ações de cada quintil são ponderadas equitativamente e detidas durante 12 meses. Os nossos resultados mostraram que as ações do primeiro quintil (com maior rendimento dos dividendos) apresentaram os maiores retornos médios durante o período de retenção de 12 meses.

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Argumentos a favor de critérios de ganhos em benchmarks small cap internacionais

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Phillip Brzenk

Managing Director, Global Head of Multi-Asset Indices

S&P Dow Jones Indices

Recentemente publicamos o nosso artigo intitulado “Building Better International Small-Cap Benchmarks”, que fornece uma análise abrangente da recém-lançada série de índices S&P Global SmallCap Select. Estes índices procuram medir o desempenho das empresas small cap ou de capitalização baixa que apresentam resultados positivos.

Por que incorporar critérios de rentabilidade positiva em benchmarks small cap? A ideia inicial provém de dois estudos anteriores . O primeiro demonstrou que o fator de qualidade foi um dos principais impulsionadores do diferencial de retornos entre dois importantes benchmarks de ações small cap dos EUA. O segundo estudo mostrou que a variabilidade do efeito do tamanho proveio principalmente do desempenho volátil das companhias small cap de baixa qualidade (ou ações “podres” ou junk). Adicionalmente, os autores observaram que quando estas ações são controladas, o prêmio de risco por tamanho se torna mais sólido por natureza e pode se encontrar em indústrias, períodos e 23 mercados diferentes.

Com base na evidência encontrada em ambos artigos, pesquisamos se o fator de qualidade obteve um prêmio similar em universos small cap internacionais da S&P DJI. Para testar a efetividade dos ganhos, mostra a média de excesso nos retornos durante um mês para as empresas com ganhos, em comparação com as empresas com perdas em cada país dentro do universo do S&P Global BMI. 

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Para os gestores ativos, se manter no topo não é suficiente

O Scorecard de Persistência do primeiro semestre pode ofrecer um sinal encorajador para os gestores de fundos ativos. A persistência no desempenho, medida ao longo do período de três anos encerrado em março de 2019, aumentou quando comparada com períodos anteriores. Dos fundos americanos de renda variável situados no primeiro quartil em março de 2017, 11,36% conseguiram manter a sua posição nos dois anos seguintes. Este valor é uma alta considerável em relação a seis meses atrás (7,09%) ou mesmo um ano atrás (2,33%).

No entanto, uma análise mais aprofundada destes fundos demonstra que não é suficiente para os gestores ativos ganhar dos seus pares, pois o desafio de superar os benchmarks é ainda mais difícil.

Usando a mesma metodologia do que o Scorecard de Persistência da S&P DJI, identificamos em primeiro lugar os fundos situados no primeiro quartil em março de 2017, de acordo com os seus retornos anualizados do período anterior de três meses. Estes são os mesmos fundos dos que vamos falar neste artigo. Posteriormente, comparamos os fundos com o universo completo de fundos americanos de renda variável e com o benchmark do mercado geral, o S&P Composite 1500® .

O nosso objetivo foi examinar se a posição dos fundos ativos no primeiro quartil fez com que eles ganhassem dos seus pares e do seu benchmark no futuro.

Apenas uma parte dos fundos que começaram no primeiro quartil conseguiu manter a sua posição nos dois anos seguintes. Contudo, os fundos que terminaram no primeiro quartil exibiram algumas características notáveis. Em primeiro lugar, eles se adaptaram de melhor forma do que os seus pares às condições inestáveis do mercado durante o último ano. Conforme mostram os quadros 1 e 2, estes fundos geraram aproximadamente três pontos percentuais a mais, segundo a medição da média e da mediana dos retornos. Em média, a sua volatilidade anualizada foi 0,78 pontos percentuais mais baixa do que a categoria do grupo de pares. O quadro também mostra que os perfis de risco/retorno destes fundos foram mais homogêneos do que a categoria do grupo de pares. Os desvios padrão da distribuição do retorno e da volatilidade foram mais baixos neste grupo de fundos.

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Consequências imprevistas dos fatores no desempenho segundo critérios ESG - Parte 2

No artigo anterior, analisamos as exposições dos índices de fatores da S&P Dow Jones Indices aos critérios ESG e demonstramos que estas podem ter um impacto nas pontuações dos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa. Neste artigo, analisaremos estas pontuações no nível de setores e veremos como implementar uma estratégia focada em critérios ESG ou na redução das emissões de carbono em aqueles índices de fatores com um baixo desempenho segundo os critérios ESG pode ajudar os investidores a aumentarem sua exposição a fatores, bem como uma exposição desejada a estes critérios.

O que impulsiona estas baixas pontuações?

As alocações setoriais são importantes para determinar as métricas das emissões de carbono.mostra quão diferente é a média ponderada da intensidade das emissões de carbono dos 11 setores do GICS® . Como é possível observar no gráfico, a distribuição dos dados sobre intensidade de carbono é altamente assimétrica. O setor de Serviços de Utilidade Pública mostra um desempenho particularmente baixo, com uma média de emissões bem acima do dobro das emissões do segundo lugar. Outros setores com emissões de carbono elevadas foram os de Energia e Materiais.

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Desempenho dos mercados da América Latina no segundo trimestre de 2019

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Silvia Kitchener

Director, Global Equity Indices, Latin America

S&P Dow Jones Indices

Dado que a maioria dos mercados e regiões no mundo tiveram um bom desempenho durante a primeira metade de 2019, é positivo observar que a América Latina conseguiu acompanhar seus pares das regiões desenvolvidas, porém em um ritmo menor. O S&P Latin America 40 subiu 3,4% durante o último trimestre e 11,5% durante o ano (YTD). Do mesmo modo, o S&P Latin America BMI, que é um índice regional mais amplo composto por 285 ações, teve retornos de 5,0% y 14,1%, respectivamente. Os índices S&P 500® , S&P Europe 350® e S&P Global 1200 apresentaram retornos sólidos que variaram entre 4% e 5% para o trimestre e entre 16% e 19% durante o ano.

Os índices de setores tiveram resultados variados: os setores de Assistência Médica, Industrial e Serviços de Utilidade Pública tiveram o melhor desempenho em comparação com o resto, enquanto os de Materiais, Energia e Serviços de Comunicações apresentaram retornos negativos.

Olhando para os países da região, o Brasil se manteve como um dos melhores países da América do Sul quanto aos seus retornos, especialmente ao observar seus retornos ajustados pelo risco. O S&P Brazil BMI teve um bom trimestre e se valorizou aproximadamente 7% em reais brasileiros (BRL) e pouco mais de 8% em dólares americanos (USD). Por outro lado, o México teve dificuldades para se manter em números positivos durante o trimestre: a versão de retorno total do S&P/BMV IPC teve um retorno apenas superior a 1% em pesos mexicanos (MXN) e a 2% em dólares durante este período. No entanto, durante 2019, o México tem conseguido manter retornos razoáveis em pesos mexicanos em torno de 6%. Por sua vez, mercados menores como o Chile, a Colômbia e o Peru, tiveram um trimestre difícil. A Colômbia quase não apresentou variações, enquanto o Chile e o Peru tiveram perdas, representadas pela queda de 4% do S&P IPSA em pesos chilenos (CLP) e de quase 3% do S&P/BVL Peru Select em novos sóis peruanos (PEN). Por último, mas não menos importante, a Argentina teve um trimestre excelente: o S&P MERVAL Index se valorizou aproximadamente 25% durante este período, porém sua volatilidade de médio prazo em moeda local (segundo o cálculo do desvio padrão) foi o mais alto da região.

Cada país parece estar lidando com questões domésticas e, ao mesmo tempo, com questões globais que afetam seus mercados respectivos. Vários países da região estão impulsionando reformas econômicas, como o Brasil e sua longamente esperada reforma da previdência, que foi finalmente foi aprovada em primeiro turno, mas que ainda tem muitos obstáculos a superar antes de se tornar lei. Contudo, é um passo na direção certa para trazer crescimento à economia brasileira. Por sua vez, a economia argentina continuou tendo dificuldades, embora os economistas concordem que, apesar das expectativas de contração econômica em 2019, ainda há um grande potencial de crescimento para o país em 2020. Por outro lado, os acordos comerciais recentemente assinados entre o Mercosul e a União Europeia prometem trazer crescimento econômico para os mercados do Brasil e a Argentina. Entretanto, o México teve seus próprios desafios econômicos. Há um consenso entre os economistas de que, devido à incerteza das políticas do governo mexicano, a confiança dos investidores é fraca. O Acordo entre EUA, México e Canadá (USMCA) ainda não foi assinado e a recente demissão do ministro da Fazenda do México aumenta a instabilidade e as perspectivas negativas da economia do país. Mais ao sul, as maiores empresas chilenas, como Empresas CMPC, Copec e AntarChile, foram afetadas pela queda nos preços da celulose e do cobre e pela demanda fraca por esses produtos. No entanto, o Chile também está trabalhando com a China para expandir suas opções comerciais, com acordos recentes entre os dois países que prometem um novo mercado para as exportações agrícolas chilenas.

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