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Apesar de um início acidentado em 2022, a América Latina superou a maioria dos mercados globais no terceiro trimestre e no ano

Esmiuçando o desempenho divergente entre os gestores de fundos da América Latina

Ações de crescimento de dividendos em ambientes inflacionários

Os índices S&P Dividend Growers: Examinando o risco, o retorno e o desempenho no mercado em baixa

Apresentando os índices S&P Dividend Growers

Apesar de um início acidentado em 2022, a América Latina superou a maioria dos mercados globais no terceiro trimestre e no ano

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Silvia Kitchener

Director, Global Equity Indices, Latin America

S&P Dow Jones Indices

Este artigo foi publicado originalmente no blog Indexology® em 18 de outubro de 2022.

Certamente este ano está sendo muito interessante para as ações da América Latina. Apesar da turbulência dos últimos três trimestres, a região tem sido resiliente. Como demonstra o quadro 1, o S&P 500® e o S&P Emerging BMI declinaram em cada trimestre de 2022 e perderam mais de 20% no ano até 30 de setembro de 2022. Enquanto isso, o S&P Latin America BMI ganhou 3,6% no terceiro trimestre, situando-se em território positivo até à data.

Embora os retornos tenham sido desiguais entre países e trimestres, é claro que o desempenho estelar do Chile e do Brasil contribuiu para os ganhos gerais da América Latina. Além disso, entre os índices globais de países, o Chile e o Brasil estão entre os cinco países com melhor desempenho no terceiro trimestre e no ano.

A história na região não mudou muito desde o último trimestre, uma vez que a inflação, o aumento das taxas de juros, o conflito Rússia-Ucrânia e a incerteza política local continuam a ameaçar a região. Apesar destes obstáculos, os mercados em geral se saíram relativamente bem no terceiro trimestre. Com exceção da Colômbia e do México, todos os outros mercados acionários apresentaram ganhos durante o trimestre, sendo o S&P MERVAL da Argentina o que registrou o maior aumento com 57% em pesos argentinos (ARS). O S&P IPSA do Chile encerrou o trimestre com uma alta de 3% em pesos chilenos (CLP) e foi o único índice a ter retornos positivos em cada trimestre de 2022. Os fortes retornos do S&P Brazil BMI de quase 12% compensaram a perda de 6% do S&P/BMV IRT do México.

Quadro 1: Retornos de benchmarks latino-americanos versus globais – Os altos e baixos dos últimos nove meses

Em termos de setores, a maioria terminou de forma positiva, com ganhos de 27,5%, 18,6% e 16,6%, respectivamente, para Tecnologia da Informação, Bens de Consumo Discricionário e Energia. O setor de Serviços Financeiros, que subiu 8,3%, e o de Energia, que subiu 16,6%, foram os maiores contribuintes para os retornos totais da região. Materiais (-6,0%), o segundo maior setor da região depois do financeiro, teve o maior impacto negativo nos retornos da região durante o trimestre.

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Esmiuçando o desempenho divergente entre os gestores de fundos da América Latina

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Anu R. Ganti

Head of U.S. Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

Este artigo foi publicado originalmente no blog de Indexology® em 5 de outubro de 2022.

Lições do Scorecard SPIVA da América Latina - Primeiro semestre de 2022

Os Scorecards SPIVA® (S&P Indices Versus Active) publicados a cada semestre medem o desempenho de fundos de gestão ativa em comparação com seus benchmarks em vários mercados ao redor do mundo. De acordo com o último Scorecard SPIVA da América Latina - Primeiro semestre 2022, o desempenho acumulado do ano entre gestores de fundos ativos em países latino-americanos variou significativamente.

Os gestores de renda variável do Chile tiveram o pior desempenho na região, pois apenas 6% dos fundos de gestão ativa superaram o S&P Chile BMI. Os gestores de renda variável do Brasil se saíram um pouco melhor, visto que 43% dos fundos tiveram um desempenho superior ao benchmark. Em contraste, o México foi um ponto destacado excepcional, já que 63% dos fundos ganharam do benchmark local. Uma explicação para a grande variação nas taxas de desempenho superior é o ambiente geral para a seleção de ações. Apenas 16% das ações no S&P Chile BMI superaram o próprio S&P Chile BMI ponderado por capitalização; enquanto uma proporção maior, 39% dos componentes do S&P Brazil BMI ganharam do seu benchmark e um total de 66% dos componentes do S&P/BMV IRT do México teve um desempenho superior. O quadro 1 compara esses números com a porcentagem de fundos de renda variável de gestão ativa com desempenho superior, o que ilustra uma correspondência que sugere, especialmente no Chile, que o desempenho superior das empresas de maior porte tornou mais difícil superar o benchmark para os selecionadores de ações.

Além de resultados de desempenho mistos, os países latino-americanos também diferiram nas suas taxas de sobrevivência, como mostra o quadro 2. Após dez anos, aproximadamente 70% dos fundos de renda variável do Brasil, os fundos de títulos corporativos do Brasil e os fundos de renda variável do Chile deixaram de existir, e os títulos corporativos do Brasil apresentaram uma acentuada tendência de queda após o quinto ano. Em contraste, os fundos de renda variável do México tiveram um desempenho muito melhor, pois 78% dos fundos conseguiram sobreviver após dez anos; isso reflete a sua taxa de desempenho inferior em longo prazo relativamente menor em comparação com as outras categorias. 

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Ações de crescimento de dividendos em ambientes inflacionários

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George Valantasis

Associate Director, Factors and Dividends

S&P Dow Jones Indices

Este artigo foi publicado originalmente no blog da Indexology® em 18 de agosto de 2022.

Visto que a inflação é um grande problema na economia atual, os consumidores estão procurando cada vez mais maneiras de combater a perda de poder aquisitivo. Uma maneira de conseguir isto é ter fontes de receitas que acompanhem ou até superem a taxa de inflação. Nas últimas quatro décadas, os dividendos desempenharam um papel cada vez mais importante como fonte de receitas, passando de apenas 2,88% de todas as receitas em dezembro de 1981 para 6,25% de todas as receitas em março de 2022.

Nos períodos inflacionários, a história tem demonstrado a importância de se concentrar em empresas que aumentam consistentemente os dividendos. A capacidade de uma empresa para aumentar consistentemente os dividendos pode sinalizar que é uma empresa de qualidade, capaz de gerar continuamente fluxos de caixa crescentes, bem como altos retornos sobre o capital.

Metodologia do crescimento de dividendos

Neste artigo, vamos nos concentrar no S&P U.S. Dividend Growers Index e o S&P Global ex-U.S. Dividend Growers Index, que oferecem exposição a empresas que aumentaram consecutivamente os dividendos por dez e sete anos, respectivamente. Além do filtro de política de dividendos, fica excluído o patamar superior de 25% das ações, classificadas conforme rendimento de dividendos anual indicado. Isso diminui o risco de participar em “armadilhas de rendimento”, ou seja, empresas que apresentam rendimentos de dividendos elevado só por causa de grandes quedas nos preços das suas ações.

A taxa de crescimento de dividendos ultrapassa a taxa de inflação em longo prazo

O quadro 1 mostra a média da taxa de crescimento de dividendos anual para os componentes atuais do S&P U.S. Dividend Growers Index. A média da taxa de crescimento de dividendos anual nos últimos quinze anos foi de 13,71%, ou seja, superou a média da taxa anual do IPC dos EUA de 2,21% no mesmo período.

Quadro 1: Média anual do crescimento de dividendos dos componentes do S&P U.S. Dividend Growers Index nos últimos quinze anos

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Os índices S&P Dividend Growers: Examinando o risco, o retorno e o desempenho no mercado em baixa

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Rupert Watts

Head of Factors and Dividends

S&P Dow Jones Indices

Este artigo foi publicado originalmente no blog de Indexology® em 11 de agosto de 2021.

Este artigo, o final de uma série de três, analisa o desempenho dos novos índices S&P Dividend Growers e destaca algumas das suas características defensivas. Estas estratégias são projetadas para acompanhar o desempenho de empresas com dividendos em aumento constante, enquanto são excluídas as empresas elegíveis de maior rendimento situadas no patamar superior de 25%. Somente são elegíveis para serem incluídas as empresas que aumentem os dividendos consecutivamente pelo menos por dez anos no caso do índice S&P U.S. Dividend Growers e sete anos no caso do S&P Global Ex-U.S. Dividend Growers.

Estatísticas de risco/retorno

O quadro 1 mostra as estatísticas de risco/retorno dos índices geradas a partir de backtesting ao longo de vários períodos. Durante todo o período, o índice S&P Global Ex-U.S. Dividend Growers teve um desempenho superior ao do seu índice de referência em 2,38% anualizados, enquanto o S&P U.S. Dividend Growers teve um desempenho ligeiramente inferior em 0,41%. É importante enquadrar o desempenho inferior do índice dos EUA no contexto das qualidades defensivas do índice (examinadas na próxima seção) e de um ponto de vista de ajuste pelo risco.

Aqui, o retorno ajustado pelo risco é a proporção entre o retorno anualizado e a volatilidade anualizada. Com relação à volatilidade, ambos os índices foram consideravelmente inferiores a seus benchmarks. As volatilidades do período completo dos índices S&P U.S. Dividend Growers e S&P Global Ex-U.S. Dividend Growers foram 2,29% e 2,76% mais baixas, respectivamente. Assim, de uma perspectiva de ajuste pelo risco, ambos os índices apresentaram retornos ajustados ao risco superiores.

Quadro 1: Estatísticas de risco/retorno

Desempenho no mercado em baixa

O primeiro artigo desta série demonstrou que as empresas com dividendos em aumento constante apresentaram maior solidez financeira. Conforme o esperado, as empresas de maior qualidade tenderam a ganhar dos seus benchmarks durante períodos de tensão no mercado.

O quadro 2 mostra que os índices S&P Dividend Growers experimentaram rebaixamentos menores do que os seus índices de referência durante todo o período de backtesting. Mais recentemente, durante o quarto trimestre de 2018, os índices S&P U.S. Dividend Growers e S&P Global Ex-U.S. Dividend Growers tiveram um desempenho superior em 4,21% e 1,36%, respectivamente. Além disso, durante os rebaixamentos relacionados com a COVID-19 em março de 2020 o desempenho também foi superior em 5,11% e 3,84%, respectivamente.

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Apresentando os índices S&P Dividend Growers

Este artigo foi publicado originalmente no blog de Indexology® em 12 de julho de 2021.

Os dividendos são uma parte importante das ferramentas de investimento, pois contribuem 36% para o retorno total do S&P 500® desde 1936. Esta grande contribuição tem sido particularmente bem-vinda num ambiente de baixas taxas de juros de vários anos e, mais recentemente, à medida que o mundo enfrenta perturbações econômicas induzidas pela COVID-19. Além das receitas de dividendos, os investidores têm clamado por empresas de maior qualidade, com ganhos sustentáveis e um perfil de retornos menos volátil.

Recentemente, a S&P Dow Jones Indices revelou uma série de índices que abordam esses temas: o S&P U.S. Dividend Growers Index e o S&P Global Ex-U.S. Dividend Growers Index. Neste artigo oferecemos uma introdução a estes índices e destacamos as suas características mais salientes. Em dois artigos subsequentes, exploraremos detalhes metodológicos e destacaremos as características e o desempenho histórico dos índices.

Foco no crescimento de dividendos

Os índices S&P Dividend Growers focam-se em empresas que têm um histórico de aumento de dividendos constante ao longo de vários anos consecutivos (dez anos para o índice dos EUA e sete anos para o índice global sem os EUA). Dito de uma maneira simples, a capacidade de uma empresa de aumentar os dividendos de forma confiável por vários anos deveria ser uma indicação de certa solidez e disciplina financeira. Além disso, com oportunidades limitadas parar gerar receitas e a preocupação dos investidores com a volatilidade do mercado, o compromisso das ações de crescimento de dividendos com um retorno de capital constante poderia fornecer uma fonte de receitas mais sustentável e estável, possivelmente com uma menor volatilidade (veja o quadro 1).

Quadro 1: As ações de crescimento de dividendos tendem a apresentar maior rentabilidade e menor volatilidade

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