INTRODUÇÃO
No debate entre gestão ativa e passiva, é fundamental a capacidade de um gestor para proporcionar rendimentos acima da média de maneira consistente. A persistência no desempenho é uma forma de diferenciar entre habilidade e sorte.
Neste relatório, medimos a persistência dos fundos de gestão ativa no Brasil, Chile e México que ultrapassaram os seus pares durante períodos consecutivos de três e cinco anos. Também analisamos como mudou a sua classificação de desempenho em períodos posteriores.
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RESUMO DOS RESULTADOS
Brasil
O percentual de gestores ativos das categorias “Renda variável do Brasil” e “Fundos large cap do Brasil” que permaneceram no primeiro quartil em termos de desempenho após 12 meses caiu drasticamente versus o relatório anterior (de 33% para 13% e 33% para 19%, respectivamente), como se mostra no quadro 1.
O quadro 2 destaca a incapacidade dos gestores de melhor desempenho para replicar o seu sucesso de forma consistente nos anos seguintes.
Entre os fundos de renda fixa, os títulos de dívida pública do Brasil tiveram resultados similares aos fundos de renda variável. Os títulos de dívida corporativa do Brasil tiveram uma performance ligeiramente diferente: embora a maioria dos gestores ativos não tenha conseguido manter um desempenho superior consistente por cinco anos consecutivos, notavelmente 28% deles pôde (confira o quadro 2).
A matriz de transição de cinco anos (confira o quadro 5) salienta três categorias de fundos: renda variável, renda variável large cap e títulos de dívida pública. A probabilidade de um fundo “vencedor” permanecer no primeiro quartil depois de cinco períodos de um ano foi superior às suas chances de ser liquidado.
A metade dos fundos do primeiro quartil da categoria “Títulos de dívida corporativa do Brasil” manteve a sua posição e a outra metade foi liquidada ou fundida (confira o quadro 5).
Chile
A maioria dos fundos de renda variável de melhor desempenho no Chile (56%) se manteve no quartil superior por dois anos consecutivos, mas apenas 11% durante o terceiro ano (confira o quadro 1).
O quadro 2 mostra a falta de persistência dos gestores de renda variável no Chile: somente 10% dos fundos de melhor desempenho durante o primeiro período de 12 meses mantiveram a sua condição depois de três anos. Nenhum dos fundos de melhor desempenho persistiu após cinco anos.
A matriz de transição de três anos mostra que os gestores classificados no primeiro quartil durante o primeiro período que mantiveram a sua condição no segundo período tiveram mai possibilidades de continuar nesse quartil (44%) ou de passar para segundo quartil (confira o quadro 3).
A matriz de transição de cinco anos mostrou uma falta de resiliência entre os gestores do segundo quartil: 70% dos fundos de renda variável do Chile foram fundidos ou liquidados (confira o quadro 5).
México
Dos fundos da categoria “Renda variável do México”, 17% se mantiveram no primeiro quartil durante três anos consecutivos (confira o quadro 1).
A análise de persistência de cinco anos (confira o quadro 2) mostra que os gestores classificados no primeiro quartil tiveram dificuldades para repetir o seu desempenho superior nos anos posteriores. Durante os primeiros dois períodos de um ano, somente 9% dos gestores permaneceu no primeiro quartil e, no terceiro ano, nenhum deles o logrou.
O quadro 6 mostra a persistência dos gestores classificados na metade superior durante o primeiro período de cinco anos: 93% deles sobreviveram durante o segundo período.