RESUMO
Rendimentos de fundos ativos no longo prazo e sua relação com alternativas de gestão passiva têm sido objeto de renomados estudos, apostas famosas e um debate interminável. Porém, rendimentos são apenas uma parte do assunto. Os defensores da gestão ativa enfatizam cada vez mais sua capacidade de gestão de risco, ao invés da capacidade em gerar rentabilidade
O presente documento analisa os méritos destas afirmações, assim como a forma em que fundos individuais atingem uma volatilidade inferior ou superior ao seu benchmark, além da persistência de tais tendências. Nos concentramos na volatilidade de fundos mútuos disponíveis na Europa e nos Estados Unidos. Os resultados gerais mostram que:
1) Normalmente, os fundos ativos têm proporcionado maior risco em
comparação aos seus benchmarks, mas não em todos os casos, nem em todas as categorias.
2) Existe persistência na volatilidade relativa dos fundos, especialmente no caso dos fundos mais e menos voláteis.
3) O desempenho de fundos altamente voláteis decorre aparentemente de uma tendência em favor de ações com beta mais elevado.
4) O desempenho de fundos com volatilidade baixa parece depender de alocações de caixa consideráveis.
Baseamos nosso estudo na ampla base de dados construída durante 14 anos e com informações de quatro continentes pelos Scorecards SPIVA® (S&P Index Versus Active) da S&P Dow Jones Indices. Pela primeira vez, a S&P DJI publica um documento que se refere especificamente à volatilidade de fundos mútuos, entretanto, o tema tem sido também abordado nos estudos sobre o desempenho de fundos ativos apresentados nos Scorecards SPIVA globais.