RESUMO
Com o objetivo de melhorar o desempenho, os defensores da gestão ativa começaram a argumentar que os gestores deveriam se focar exclusivamente nas suas melhores ideias, mantendo carteiras mais concentradas, com títulos nos quais tenham mais confiança
Contudo, acreditamos que se este tipo de investimento de “grande convicção” setornasse popular, os efeitos prováveis seriam:
- Um aumento do risco,
- Uma maior dificuldade para identificar a habilidade dos gestores,
- Custos mais elevados para os proprietários dos ativos,
- Um número menor de fundos que superariam o seu benchmark.
Estas conclusões são válidas ainda se aceitarmos que a habilidade para selecionar títulos é comum entre os gestores ativos. A concentração dos títulos só faz sentido se os gestores possuem um tipo de habilidade particular, a qual deve ser intrínsecamente escassa.
INTRODUÇÃO
A maioria dos gestores ativos não consegue ganhar do mercado na maioria das vezes, pelo menos se considerarmos o seu desempenho inferior a benchmarks passivos como indicativo de falha.Este fato é tão amplamente conhecido e demonstrado que até os ferrenhos defensores da gestão ativa o reconhecem.
O que continua no debate é definir aquilo que os gestores ativos deveriam fazer para melhorar o seu desempenho. Algumas pessoas acreditam que a gestão ativa não é bem-sucedida porque não é suficientemente ativa. Dizse que os gestores ativos são reticentes a se afastar demasiado de um benchmark passivo, sabendo que o seu desempenho será comparado com tal índice. Eles investem em títulos que não consideram particularmente atrativos, simplesmente para não ficar muito atrasados em comparação com outros gestores. A solução proposta para os gestores daquelas carteiras “hiperdiversificadas” é “investir com grande convicção, concentrando o capital nas ideias que para eles apresentam mais possibilidades de atingir resultados sólidos no longo prazo