Este artigo foi publicado originalmente no blog de Indexology® em 19 de outubro de 2021.
As ações da América Latina tiveram um terceiro trimestre difícil: o S&P Latin America BMI caiu 14,7% em dólares americanos, impulsionado por uma queda acentuada das ações brasileiras e pelo fortalecimento do dólar americano em relação às moedas locais. Este resultado fraco neutralizou os ganhos consideráveis obtidos no início de 2021, deixando o benchmark regional com uma perda de 7% no ano. Entretanto, em um horizonte de 12 meses, o S&P Latin America BMI manteve um ganho de 25,4%, superando o S&P Emerging BMI em cerca de 5%.
Embora a recente incerteza política e agitação social na região tenham contribuído para estes resultados, numa perspectiva global, os eventos no exterior também tiveram um impacto sobre as ações, sendo os mercados emergentes os mais afetados. O S&P 500® encerrou o trimestre quase sem alterações, com um aumento de 0,6%, após atingir novos recordes no final de agosto e início de setembro. A incerteza sobre as negociações da dívida da empresa china Evergrande Group também teve um efeito negativo nos mercados globais; o S&P/BMV China SX20 perdeu 15,7% e o S&P Emerging BMI diminuiu 6,2% durante o terceiro trimestre.
No entanto, no nível dos países, os resultados foram mistos. Os países que tiveram o melhor desempenho durante o terceiro trimestre foram Argentina, Colômbia e México, que tiveram retornos positivos em moeda local, como demonstrado pelo aumento do S&P MERVAL Index (24,0%), o S&P Colombia Select Index (8,7%) e o S&P/BMV IRT (2,8%), respectivamente. O caso da Argentina é particularmente notável, pois o índice S&P MERVAL tem retornos sólidos de 51,0% em moeda local e 28,7% em dólares americanos para o ano até à data, o que o torna um caso excepcional na região. No lado oposto, o S&P Brazil BMI e o S&P/BVL Peru Select 20% Capped Index tiveram os piores resultados do grupo no terceiro trimestre, recuando 13,9% e 4,9%, respectivamente. O S&P IPSA do Chile quase não teve variações no trimestre.