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4 de maio de 2023
As exportações do agronegócio brasileiro atingiram um recorde de US$159 bilhões em 2022, refletindo sobretudo a disparada dos preços, tendo em vista a sólida demanda e as interrupções no fornecimento desde a pandemia de COVID-19, que foram ainda mais agravadas pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o agronegócio representou cerca de 47% das exportações totais do Brasil em 2022 e é responsável por um superávit comercial de quase US$142 bilhões, que mais do que compensou o déficit de US$80 bilhões em outros setores, resultando em um superávit geral de cerca de quase US$62 bilhões. Os três subsetores do agronegócio que analisamos neste relatório – os produtores de soja, milho e algodão; carne bovina, de aves e suína; e açúcar e etanol – geraram US$114 bilhões em receitas de exportação em 2022, ou cerca de 72% das exportações totais do agronegócio do país. Em geral, as exportações impulsionaram o fluxo de caixa das empresas desses setores, compensando o fraco consumo interno e a inflação de custos. A desvalorização do real, a sólida demanda global por commodities agrícolas e as condições climáticas geralmente adequadas, as quais beneficiam os volumes de produção, sustentarão a lucratividade e a qualidade de crédito desses subsetores em 2023, apesar das condições de financiamento mais fracas no país.
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